Tuesday, December 28, 2010

Animal Spirits





"(...) the business cycle is connected to fluctuations in personal commitment to principles of good behavior, and to fluctuations in predatory activity, which in turn is related to changes in opportunities for such activity."

in Akerlof, G.A. and Shiller, R., 2009. Animal Spirits: 38.

Sunday, December 26, 2010

Vibram Five Fingers


30 km de corrida pelo Pinhal da Apostiça, na véspera de Natal: puro êxtase!

Correr com os Vibram é durinho e requer alguma habituação, mas não há dúvida que ficamos "agarrados". Sente-se o chão e a sensação é óptima. Já para não falar na massagem revigorante na planta dos pés. Com o aumentar da distância os pés e os gémeos sofrem um bocado, mas em compensação os joelhos e os tornozelos beneficiam muito com a melhoria da postura. Ainda não estou capaz de me aguentar muito tempo em cima da parte anterior dos pés e a tendência é para voltar à posição preguiçosa em cima dos calcanhares, mas com o treino isto vai lá. Recomendo vivamente! Mas atenção: com cuidado e moderação.

BOOK

Saturday, December 4, 2010

25th Lisbon Marathon

Sunday, November 21, 2010

STEVE REDGRAVE & MATHEW PINSENT OLYMPICS 2000 SYDNEY ROWING

A NATO aprovou hoje, em Lisboa, o processo de transição no Afeganistão e iniciou uma nova relação com Moscovo.

A NATO aprovou hoje, em Lisboa o processo de transição no Afeganistão e iniciou uma nova relação com Moscovo, numa cimeira que, segundo José Sócrates, marca a passagem da organização para uma era de cooperação.

"Um período difícil de tensão está passado", proclamou o Presidente russo, Dmitri Medvedev, que não colocou completamente de parte uma futura adesão russa à NATO. O seu homólogo norte-americano, Barack Obama, salientou que a NATO sai reforçada de Lisboa e com capacidade para enfrentar os desafios de segurança no século XXI: "Viemos a Lisboa com uma tarefa chave, que era revitalizar a nossa Aliança para estar ao nível dos desafios dos nossos tempos. Foi isso que fizemos".

Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da NATO, e o Presidente afegão, Hamid Karzai, assinaram em Lisboa um acordo que formaliza o processo de transição no Afeganistão, entre 2011 e 2014, que culminará com a entrega total da responsabilidade pela segurança do país aos próprios afegãos. Mas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu que o processo deve desenrolar-se com base "em realidades e não em calendários", defendendo que "não há atalhos para a paz".

Quanto à coopação entre a Aliança e a Rússia, Rasmussen disse que se estenderá ao nível da defesa antimíssil e considerou que Lisboa "foi um verdadeiro ponto de viragem", onde as duas partes ajudaram a "enterrar os fantasmas do passado", numa alusão à Guerra Fria.

O primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, resumiu os dois dias de trabalho: "Assistir a esta cimeira, ouvir os EUA, a Rússia, a Alemanha, a Polónia a trabalhar na mesma direcção, a cooperar nos grande assuntos da segurança colectiva internacional, representa um acontecimento histórico".

Os líderes da NATO também aprovaram um plano de redução dos efectivos da estrutura da organização e adiaram a decisão sobre o "mapa geográfico" dos quartéis até Junho de 2011. A esse propósito, José Sócrates manifestou "total confiança de que Portugal manterá um comando da NATO".

A cimeira decorreu sob fortes medidas de segurança e sem violência nas ruas, ao contrário do ocorrido noutras cidades em anos anteriores, apesar de dezenas de milhares de pessoas se terem manifestado em Lisboa para protestar contra a NATO.

20 Novembro 2010 | 21:02
Lusa

Friday, July 16, 2010

A nave dos loucos

Animado com as sondagens o PSD anda a pedir ideias avulsas a alguns génios locais. A ideia é, em si mesma, péssima. A experiência mostra que existe muita gente para "dar" ideias, mas é raro surgir alguma que realmente se aproveite.

Em campanha, políticos e partidos, recorrem com frequência a este sistema. Dá imagens na televisão, mas a eficácia é nula. Fica-se com uma montanha de propostas banais à mistura com algumas francamente delirantes. Mas pior. Aqueles que oferecem ideias, que tomam invariavelmente por excecionais, ficam à espera da sua concretização. Como isso raramente sucede, de generosos rapidamente passam a ressabiados.

Esta semana o PSD foi vítima do exercício. Chamou três sumidades a uma sala com a palavra Alternativa. A coisa oscilou entre a sitcom e o susto.

Villaverde Cabral sugeriu que o PSD apresente o mais depressa possível uma moção de censura. Com o objetivo de deitar abaixo o governo e marcar eleições? Não. A genial ideia seria obrigar o Bloco a salvar o PS. Ficou por se perceber o que ganharia o PSD com isso, já para não falar do país.

Ernâni Lopes propôs cortar os salários da administração pública em 20 ou mesmo 30%. "A cru, sem explicar nada". Para além do peculiar entendimento de democracia, em coerência também não explicou qual seria o efeito de uma tal medida na economia e no consumo. Nem referiu o que fazer com a agitação social que inevitavelmente sucederia. Tropa nas ruas? A cru?

Mas a proposta mais caricata veio de Campos e Cunha que se tornou conhecido porque esteve quatro meses no governo, quatro. Como única medida digna de registo dessa vertiginosa passagem, deixou uma carta de demissão. Agora propõe que os votos em branco contem para a eleição de deputados imateriais. Ou seja, na assembleia passariam a existir alguns lugares vazios representativos do niilismo nacional. Ficou por explicar qual seria o sentido de voto desses deputados transparentes. Abstenção ou voto contra? E numa moção de censura não devia ser a favor?

No final da alucinada sessão os deputados do PSD estavam de boca aberta e alguns bastante preocupados. Queriam semear ideias, colheram tempestades. Terão pensado que foi azar na escolha. Calhou-lhes três extravagantes mentais. Mas é bom que se preparem. Não vai ser fácil encontrar gente sensata na legião de catastrofistas que hoje saltita de canal em canal de televisão.

Nestes últimos anos Portugal encheu-se de exaltados de toda a espécie. Formam um pequeno mas ruidoso exército de enfurecidos. Desdobram-se em escritos e declarações, tendo por base uma técnica linear: desvalorizar tudo o que é positivo e sobrevalorizar o negativo. A oposição (qualquer que ela seja) gosta. É bom para a propaganda. Só que é muito mau para a discussão objetiva. Quando a má-língua e o irracionalismo se sobrepõem aos factos e aos argumentos fundamentados não há debate que resista.

Ainda recentemente um economista afirmou que Portugal está hoje pior do que há cinquenta anos atrás, porque nessa altura tinha ouro no banco e agora tem dívidas. Esqueceu-se da miséria, do atraso e do país medieval de então. Mas claro isso são ninharias. Medina Carreira, a mais apreciada pitonisa da desgraça da atualidade, afirmou que a justiça no tempo de Salazar era melhor do que a de hoje. Sorte dele, e sobretudo dos muitos portugueses que felizmente não sabem nada sobre os tribunais plenários ou da falta de liberdade.

Mas não é só o disparate que anda à solta. A estupidez também vai fazendo o seu caminho. Ainda esta semana foram várias as vozes que se manifestaram contra o aumento de vagas no ensino superior. Com o sublime argumento de que existe muito desemprego. Ou seja, a ignorância seria mais competitiva. Não é.

Existe em Portugal muita gente, que independentemente das suas posições políticas, é competente e objetiva. Mas o ambiente não está propício para a seriedade. Os media e os partidos da oposição preferem os loucos. Compreende-se. Dão mais espetáculo.

Leonel Moura
in Jornal de Negócios, 16 Julho2010

Sunday, March 14, 2010

O triunfo da corrupção

"Um estudo de Luís de Sousa, sociólogo do ICS, mostra que 63% dos portugueses toleram (ou, mais precisamente, aprovam) a corrupção, desde que ela produza "efeitos benéficos" para a generalidade da população. Isto não é um sentimento transitório, provocado por trapalhadas recentes; é uma cultura. A cultura dessa grande guerra que desde que nasceu qualquer de nós tem com o Estado opressor e remoto e com Governos que nunca respondem pelo que fazem ou deixam de fazer. O português médio execra a autoridade, seja sob que forma for, e vive no seu país como se vivesse sob ocupação estrangeira. O servilismo e a falta de carácter, que tanta gente pelos tempos fora lamentou, escondem a vontade de salvar a pele e a aspiração, muito natural, de enganar quem manda.
Não há regras para ninguém, porque ninguém cumpre as que por acaso há. Quem pode levar a sério uma escola em que o próprio ministério fabrica os resultados, proíbe legalmente a reprovação e aceita a violência ? Quem pode levar a sério um regime que se diz democrático e selecciona o funcionalismo pela fidelidade partidária ? Quem pode considerar um ponto de honra pagar impostos, quando a fraude e a injustiça fiscal são socialmente sinais de privilégio e de esperteza ? Quem vai pedir um recibo ao canalizador ou ao electricista ou a factura no restaurante, quando sabe o que paga e o que o Estado gasta sem utilidade e sem sentido ? E quem vai obedecer às determinações da câmara do seu sítio, quando a camara é uma agência de negócios de favor e uma bolsa de favores sem explicação e sem desculpa ?
Não admira que o "povo dos pequenos" conspire constantemente contra a lei e até contra a decência. Que falte ao trabalho ao menor pretexto; que trabalhe mal, se trabalhar bem lhe custa; que peça aqui ou empurre ali, para se beneficiar ou aliviar; que torne as ruas uma lixeira pública; que guie, na cidade ou na estrada, como se estivesse sozinho; que minta a torto e a direito sobre o que lhe apetece e lhe convém; que não passe, enfim, de um miserável cidadão, indiferente à política e ao país. Não lhe ensinaram outra coisa. Os chefes são como ele. O Estado é como ele. Como exigir que ele se porte como Portugal inteiro não se porta ? Claro que ele aprova a corrupção e consegue ver nela virtudes redentoras. Não é agora altura de mudar de costumes."

Vasco Pulido Valente, Público, 12 Março 2010.

Sunday, February 21, 2010

Hal Hartley - Amateur (1994) trailer

Call Center - The Movie

Peter Donnelly shows how stats fool juries

Born Poor? Santa Fe economist Samuel Bowles says you better get used to it

Excerpt from "Born Poor?", published by Corey Pein in 02/03/2010 in Santa Fe Reporter:

Isn’t inequality merely the price of America being No. 1?

“That’s almost certainly false,” Bowles tells SFR. “Prior to about 20 years ago, most economists thought that inequality just greased the wheels of progress. Overwhelmingly now, people who study it empirically think that it’s sand in the wheels.”

Bowles can take some credit for that shift, but he hasn’t won the battle. Many economists don’t study things empirically—that is, by looking at things in the real, physical world. Instead, they stay safely within the land of theory.

Theoryland may be the only place the “equality-efficiency trade-off” really works. Just to prove it wrong, Bowles charts the concept on a whiteboard at SFI.

The vertical axis is economic output. The horizontal axis is equality. The curve shows the theoretical trade-off. “So we’re here”—point A, high on the curve—“and we want to go to point B because we’re egalitarian. And [the theory says] that’s kind of too bad because we’re going to suffer the loss of income,” he says.

Bowles draws another dot inside the curve—point C—symbolically destroying the clean, simple world represented by the model. “Basically, it assumes that the economy is already efficiently organized,” Bowles explains. “But most economies are at point C. They have both more inequality and less income than they could have because they’re inefficient.”